Deixei mais uma parte de mim lá.

Eu estava lá,tu também estava...mas eu não te vi.Tu me viu ?Estava no lugar que mais freqüentávamos,eu sei que tu lembra,onde ficávamos procurando números 23 em todas aquelas coisas.Confesso,foi estranho e desagradável entrar lá.Eu não ia entrar,mas quando cheguei no portão e estava desistindo,lágrimas começaram à cair,eu as via no chão.E foi como se eu ouvisse tua voz falando “Venha Jan” só tu me chamava assim... e quando eu entrei passou um filme pela minha cabeça,logo depois ouvi tu falando “Largue dessa vida e venha comigo”.Foi então que chorei mais ainda,cheguei onde eu queria,ou não queria,larguei a rosa e me ajoelhei.Eu gostaria de permanecer lá,deitar e descançar ao teu lado...o tempo estava passando,e a única coisa que eu conseguia fazer era chorar.Enfim,parei de chorar e com um nó na garganta comecei à falar tudo que eu sentia naquele momento,e nos momentos passados,depois pensei “Por que estou te contando ? Se tu estás comigo todos os dias,tu sabes o que faço,e o que acontece...”É claro,que nada poderá ser igual.Quanto tempo passou,só eu sei o que passei enquanto esse tempo passava,e está passando.E quando coloquei pra tocar no celular ‘You’ pude te ver chorando comigo,lembrando da nossa promessa.Lembrando agora que promessas são feitas para serem quebradas,e nós não sabíamos disso.Eu descobri.Tu me fez prometer que ia continuar mesmo sem ti,e eu prometi,até agora estou cumprindo isso,não sei se deveria,ou se conseguirei.Mas não quero te dever nada.Tu não deve.Nunca me deixou de lado,eu é que me excluía de todos e de tudo.Lembro-me que tu me chamava de ‘Anti Social ao extremo e exagerada’.Hoje eu não consegui sorrir,eu tentei,mas não consegui.Chegou a hora de ir embora,e eu comecei à chorar novamente.Me levantei,e sentia tu segurando minha mão com tanta força.Eu só queria que tu voltasse logo.Caminhei,e fui olhando os túmulos que mais gostávamos,era tão idiota da nossa parte gostar deles.E eu fui dali até o portão com vontade de gritar,por ver que agora tu estás em um deles.Eu não consegui gritar,o nó que permanece até agora na minha garganta não me deixou... E eu passei mal,não esperava por isso,achei que isso só aconteceria no começo...mas não.Quando entrei no carro,pedi que me levassem à tua casa – antiga casa – e está exatamente igual,mas outras pessoas moram lá,eu vi.E não sei se é certo,na verdade nunca sei o que é certo,mas eu senti raiva,por outras pessoas estarem ocupando teu lugar,nosso lugar.Tantas lembranças daquela casa,daquela rua...Então voltamos,e eu chorei a viagem toda,ainda não sinto meu olhos,eles parecem não serem os meus.Chegamos em casa,eu liguei pra tua mãe,e eu estava tão desesperada que eu a assustei,ela achou que havia acontecido algo.Aconteceu,eu quase fiquei lá.Mas não me deixaram,isso me deu mais raiva ainda.Não sei se voltarei daqui dois meses lá,minha mãe teve a capacidade de falar que não precisa,que eu só pioro.Se eu for...não sei,mas eu gostaria que tu conhecesse uma pessoa,eu acho que ela gostaria de te conhecer também,e eu vou te esperar.Tu vais conhecer a Marlyana,ela é diferente das pessoas que tu viu me deixarem.Eu sei que és.E minha mãe está certa no caso de eu piorar,mas eu preciso ir.As únicas coisas que consegui deixar lá,foram minhas lágrimas e uma rosa,e eu trouxe mais dor.Estou ouvindo nossa música Flyleaf-There For You.No momento me faz bem.

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